terça-feira, 20 de março de 2012

O Deus que habita em mim, de Elias Akhenaton

Se eu acreditasse em Deus, diria que esse poema me transportou aos mais longínquos e luminosos recantos do encantado mundinho do meu Deus. E que lá vi todas as maravilhas descritas em minúcias sonoras e em vastos conceitos silenciosos. E então o meu Deus olhou o poema abaixo e riu. Agradou-se, pensei. Ele novamente riu.
Se eu não acreditasse em Deus, diria que todas aquelas palavras, de dentro, de fora e do meio, todas postas ludicamente no poema, trouxeram-me reminiscências e vazios de um Deus há muito calado e silenciado em tempos alheios ao meu. E, sob medos e indiferenças, vislumbrei uma face pairando mais acima, quase a rir. Agradou-se, pensei. Esperei um novo riso, que não veio.

(E lá se foi o comentário... Ficam, pois, as marcas desse poema em mim.)



O Deus que habita em mim
(Elias Akhenaton)



O Deus que habita minh’alma,
Vem da aurora dourada
Com seus raios vivificadores
Que renovam as esperanças e a Fé
Para um novo dia...

Vem dos lírios dos campos e
Dos jardins floridos...
Vem do crepúsculo do Sol com
Seu espetáculo de cores douradas
No horizonte...

Vem da noite enluarada
Com suas estrelas brilhantes,
Reluzentes, estrelas cadentes
E sua Lua encantada...

O Deus que habita minh’alma,
Vem do divino orvalho
Da madrugada
Com suas gotículas prateadas
Caindo sobre as flores delicadas...

Vem do lindo azul do mar,
De toda à natureza,
Das matas verdes e igarapés,
Cachoeiras e do lindo
Canto dos passarinhos
Como o canto do rouxinol e
Do bem-te-vi...
Vem dos Salmos de Davi....

O Deus que habita minh’alma
É o Deus do Amor, da mística rubra flor,
Do peregrino e trepidante beija-flor,
Dos nobres sentimentos
E enlevados pensamentos...

Vem da chuva que faz brotar...
Vem do místico arco-íris
Com suas cores sutis...
Vem da melodia
Da inspirada poesia...

Enfim, o Deus que habita em mim
É o mesmo que está em toda parte,
Em tudo e em todos,
No meu e no teu coração,
Somos filhos da mesma criação,
Do mesmo Pai Criador,
Portanto, somos todos Irmãos,
Filhos do Amor!




(Obs.: o autor autorizou a postagem do poema acima.)

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